Manusear um componente SMD , isto é soldar , desoldar , posicionar , medir , ou mesmo “lêr” o seu código , não é uma tarefa simples , especialmente para aqueles que tem algum “probleminha” de visão . A miniaturização dos componentes eletrônicos vem atingindo escalas surpriendentes , e com isto possibilitando a construção de aparelhos cada vez mais “portateis” na verdadeira expressão . Portáteis , leves , bonitos , eficientes , mas na hora da manutenção … ufa ! Muitas vezes , como já está se tornando comum hoje, tal manutenção torna-se inviável economicamente: ponha no L-I-X-O e compre um nôvo. Mas ainda existem aqueles cujo espirito é preservar o que compraram , vou falar um pouco sobre os SMD’s e como um técnico “comum” (digo: fora dos laboratórios industriais) pode , com um “pouco” de paciência e boa visão (mesmo que seja com ajuda de lentes) , conseguir sair-se vitorioso nesta tarefa.
PESQUISANDO UM DEFEITO
Veja , os circuitos não mudaram , excessão feita aos microprocessadores que já estão por toda parte , a pesquisa de um problema pode e deve ser executada como nos sistemas tradicionais, não se deixe intimidar pelo tamanho dos componentes . É prudente entretanto , e aqui vão algumas recomendações básicas , obtermos alguns recursos mais apropriados para esta função , como por exemplo : pontas de prova (multiteste , osciloscópio) mais “finas” e com boa condutibilidade para permitirse chegar exatamente as pistas desejadas. Não é má idéia nem desmerecedor se pudermos trabalhar com auxilio de uma boa lupa (lente de aumento) e de um bom e prático sistema de iluminação local -isto facilita e agiliza o trabalho ! vêr o que estamos fazendo é um dos primeiros mandamentos do técnico. Lembre-se: cuidado redobrado para não provocar acidentalmente curtos indesejados: não piore o que já esta difícil .Nem é preciso lembrar para que o local de trabalho seja mantido LIMPO – nesta dimensão , qualquer “fiapo” condutor será o causador de grandes problemas . Sempre que possivel realize as medições estáticas (continuidade de pistas , valores de resistores , etc) com o aparelho DESLIGADO ! .As pistas do circuito impresso chegam a apresentar 0,3 mm ou menos ! Portanto a quebra de pistas é muito mais frequente do que se possa imaginar: basta o aparelho sofrer uma “queda” mais brusca. Localize com ajuda da lupa a possível existência de trincas no circuito , que a olho nú não podem ser observadas. Existem produtos que particularmente auxiliam o técnico nesta busca , como por exemplo o Spray refrigerador , para simular variações de temperatura que podem provocar intermitencias no circuito. As emendas de pistas , se forem necessárias , devem ser executadas de forma mais limpa possível: sempre com fios finos . Utilize soldador de baixa potencia e ponta bem aguçada.
EXTRAÇÃO DE UM COMPONENTE
A operação de retirada de um SMD deve ser executada com bastante cuidado para se evitar o levantamento de pistas ! Aqueça igualmente todos os pontos de solda (resistores , capacitores , diodos = 2 pontos) , e somente puxe-os (preferencialmente com uma pinça fina) quando já estiver solto. Para componentes com maior número de pontos de solda (transistores , CI’s) é bastante recomendado a ajuda de terceiros . Dispositivos auxiliares existem para este tipo de operação – como por exemplo o Soprador Térmico : o ar é bombado sobre um sistema aquecedor de alta potencia , e através de um bocal apropriado este ar aquecido derrete simultaneamente todos os pontos de solda , permitindo a extração do componente com bastante comodidade e rapidez.
IDENTIFICANDO UM SMD
Normalmente os resistores SMD possuem a marcação do valor bem visÍvel sobre o componente: ex 103 = 10K . Já o mesmo não acontece com os capacitores – êles não tem marcação alguma. Cabe ao técnico , se desconfiar de um deles a árdua tarefa de substitui-lo (ou retirar para medição). Com relação aos transistores de sinal – cada fabricante adota um código próprio para identificar o componente. Resta-nos a opção de buscar nos manuais esta equivalencia. Por exemplo um transistor BC547 é transformado em SMD com o código BC847 , porém a marcação sobre o seu corpo também é diferente (!) e por ai afora. Ci’s e microprocessadores em SMD exigem redobrada atenção no manuseio , pois as distancias entre terminais é muito pequena – muitas vezes uma fração da gota de solda alojada por baixo do CI põe o trabalho a perder. Quando for substituir um componente – limpe muito bem os resíduos de solda nas pistas antes de colocar o novo – não tenha pressa nesta operação !
Veja algumas marcações utilizadas pela Philips Semiconductors – SMALL SIGNAL TRANSISTORES
Em geral (isto não é regra) o primeiro algarismo (5) dos transistores normais , é substituido pelo (8) em SMD , assim por exemplo o tradicional BC547 , em SMD identifica-se como BC847 marcado como 1Hp sobre seu corpo.
BC817 = 6Dp
BC818 = 6Hp
BC846 =1Dp
BC847 =1Hp
BC848 = 1Mp
BC849 = 2Dp
BC 857 =3Hp
BC858=3Mp
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